quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Saudade.....

Há saudades que caminham comigo aconchegadas num lugar gostoso que a memória tem. Sei que estão lá, mesmo quando demoro um bocado de tempo para apreciar as histórias que me contam. São porta-jóias que guardam encantos que não morrem. Caixinhas de música, que, ao serem abertas, derramam melodias que me fazem dançar com elas de novo. São saudades capazes de amenizar o frio de alguns instantes com os seus braços de sol. Mas existem também saudades que pousam no meu coração de vez em quando e ficam de lá me olhando com aquele olho comprido do quer escuta. Não falam de lugares, pessoas ou épocas da minha vida. São espelhos que não refletem feições conhecidas. São saudades que entornam perfumes que somente a alma reconhece. Que sobrevoam regiões por onde apenas as emoções caminham. Que destampam ausências que a gente algumas vezes prefere ignorar. São saudades de um mundo que tem cheiro de quintal lá da infância da gente. Que é macio para todos os seres que nem lençol recém-trocado. Que tem o timbre de voz amada quando toca o nosso ouvido. Um mundo bacana onde as pessoas têm clima de passeio. Onde não existem armas, visíveis ou não. Onde a gente vive com o sentimento de estar brincando de roda uns com os outros: se um leva um tombo reflete na roda inteira. São saudades de um mundo contente feito céu estrelado. Feito flor abraçada por borboleta. Feito café da tarde com bolinho de chuva. Onde a gente se sente tranqüilo como se descansasse num cafuné. Onde, em vez de nos orgulharmos por carregar tanto peso, a gente se orgulha por ser capaz de viver com mais leveza. Um mundo onde as pessoas confiam umas nas outras, não pode ser de outro jeito se estamos em família na humanidade. Um mundo onde a culpa deixou de ser uma desculpa para não sermos felizes. São saudades de um mundo onde o respeito não tem cheiro de mofo: todos somos iguais e todos somos diferentes e isso é claro, natural e indiscutível. São saudades de um mundo que lembra a pureza de amarelinha desenhada com giz no terreno da escola. Que lembra a alegria de chegar no céu quando a gente pulava amarelinha. Que lembra a melodia gostosa da risada do amigo. Saudades de um mundo sem hipocrisia. Sem diz-que-me-diz-que. Sem jogo. Ninguém quer ferir ninguém, por nenhum motivo. As boas intenções são mesmo boas. Há em cada pessoa um cuidado, um bem-querer, um zelo amoroso, com relação a todas as outras, porque essa é a natureza do coração humano. Um mundo onde todas as formas de vida são abençoadas por todas as formas de vida. São saudades de um mundo onde a gente pode falar de coisas inocentes sem temer parecer ridículo. Onde podemos ser sensíveis e expressar a nossa sensibilidade sem sermos olhados como vítimas de uma doença grave. Onde a busca pelo conforto da alma é tão necessária quanto a busca pelo conforto do corpo. Onde podemos caminhar pelas ruas, descontraídos, sem temer ser atacados por outro ser humano. Um mundo no qual, em vez de propagar o medo, as pessoas utilizam a sua energia para propagar o amor. Saudades de um mundo que às vezes eu sinto tão intensamente que já parece de verdade. Já parece existir, de alguma forma. Um mundo no qual habito toda vez que eu o vejo.

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Procure me amar quando eu menos merecer, porque é quando eu mais preciso. Falamos à beça de amor. Apesar das nossas singularidades, temos pelo menos esse desejo em comum: queremos amar e ser amados. Amados, de preferência, com o requinte da incondicionalidade. Na celebração das nossas conquistas e na constatação dos nossos fracassos. No apogeu do nosso vigor e no tempo do nosso abatimento. No momento da nossa alegria e no alvorecer da nossa dor. Na prática das nossas virtudes e no embaraço das nossas falhas. Mas não é preciso viver muito para percebermos nos nossos gestos e nos alheios que não é assim que costuma acontecer.
Tem gente que entra na nossa vida de forma providencial e se encaixa naquela história que gosto de imaginar: surpresas que Deus embrulha pra presente e nos envia no anonimato. Surpresas que só sabemos de onde vêm porque chegam com o cheiro dele no papel.
Hoje, me fala de você. Dos momentos em que a vida lhe doeu tanto que você achou que não iria agüentar. Fala das músicas que compõem a sua trilha sonora. Dos poemas que você poderia ter escrito, de tanto que traduzem a sua alma. Senta perto de mim e mesmo que estejamos rodeados por buzinas, gente apressada, perigos iminentes, faz de conta que a gente está conversando no quintal de casa, descascando uma laranja, os pés descalços, sem nenhum compromisso chato à nossa espera. A gente já brincou tanto de faz-de-conta quando era criança, onde foi que a gente esqueceu como se chega a esse lugar de inocência? Fala da lua que você admirou outra noite dessas, no céu. Da borboleta que lhe chamou à atenção por tanta beleza, abraçada a alguma flor, como se existisse apenas aquele abraço. Diz se quando você acorda ainda ouve passarinhos, meE se não quisermos, não pudermos, não soubermos, com palavras, nos dizer um pouco um para o outro, senta ao meu lado assim mesmo. Deixa os nossos olhos se encontrarem vez ou outra até nascer aquele sorriso bom que acontece quando a vida da gente se sente olhada com amor. Senta apenas ao meu lado e deixa o meu silêncio conversar com o seu. Às vezes, a gente nem precisa mesmo de palavras.smo que não possa identificar de onde vem o canto. Diz se a sua mãe cantava para fazer você dormir.

Com Carinho M.C.T.L

Tem gente que tem cheiro das estrelas que Deus acendeu no céu e daquelas que conseguimos acender na Terra. Ao lado delas, a gente não acha que o amor é possível, a gente tem certeza. Ao lado delas, a gente se sente visitando um lugar feito de alegria. Recebendo um buquê de carinhos. Abraçando um filhote de urso panda. Tocando com os olhos os olhos da paz. Ao lado delas, saboreamos a delícia do toque suave que sua presença sopra no nosso coração.
Deus costuma usar a solidão para nos ensinar sobre a convivência. Às vezes, usa a raiva, para que possamos compreender o infinito valor da paz. Outras vezes usa o tédio, quando quer nos mostrar a importância da aventura e do abandono. Deus costuma usar o silêncio para nos ensinar sobre a responsabilidade do que dizemos. Às vezes usa o cansaço, para que possamos compreender o valor do despertar. Outras vezes usa doença, quando quer nos mostrar a importância da saúde. Deus costuma usar o fogo, para nos ensinar sobre água. Às vezes, usa a terra, para que possamos compreender o valor do ar. Outras vezes usa a morte, quando quer nos mostrar a importância da vida". Fernando Pessoa

De repente .....

Se você não soltar o seu riso como pretende se divertir com o amor? Concordo! Talvez amor não seja exatamente divertido, mas acontece de chegar uma hora em que a gente quer sim, rir um pouco mais... O que é certo No Amor? Quem é que vai dizer, O que falar O que calar O que querer?..." Então, que tal, só para variar, a gente decidir ser um pouco feliz, e borboletearmos uns tantos por aí?!... [de repente a gente até acostuma a ser feliz!]
Vou analisar o mundo ... Mas levo todos vocês em meu coração... Vou deixar a porta aberta para quem quiser... Visitar-me e deixar o seu recado... Onde quer que eu esteja... Vou ouvir meu coração... Vou apreciar a natureza... Vou observar o colorido das flores... Na vida precisamos inovar novos caminhos... E eu ainda sou uma mera aprendiz...'E mesmo que eu caia Sou cobaia de mim mesma No amor e na raiva ... Vira e mexe me complico Reciclo, tô farta, tô forte, tô viva E só morro no fim'

Como Medo de ser FELIZ.....

É justamente no momento em que tudo começa a dar certo,que é preciso prestar mais atenção...Sei lá,aquelas coisas de medo de ser feliz,de aceitar que algum momento.....as coisas podem mudar, a angústia de achar que a qualquer momento pode surgir uma reviravolta na vida;Tudo depende de como vemos as coisas,e não de como elas são......

A medida do amor: há um tempo para tudo..

Cada dia tem sido especial... progressos, redescobertas, readequações... tudo recebido e praticado com muito, muito amor. Tenho me sentido cada dia melhor, mais plena e mais feliz. O sentimento de serenidade me invade intensamente e é muito bom poder vivenciá-lo em sua forma genuína... a serenidade que te dá força para vislumbrar o arco-íris. A serenidade que te dá sapiência pra você perceber que tempo é o senhor de tudo...e que tudo tem um tempo exato para acontecer... O tempo é nosso aliado porque ele abranda, amansa, acalma, cicatriza... o tempo nos preenche de força e nos alimenta de coragem e de leveza para aprendermos e percebermos a realidade que se desenha...

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Cada qual... sabe amar a seu modo; o modo pouco importa; o essencial é que saiba amar. (Machado de Assis)

Urgências.....

Eu tenho urgências. Eu não acredito em destinos. Eu não quero acreditar. E não venha me dizer que tudo passa e que o que tiver de ser vai ser, não. Porque meu destino - se é que tenho um - eu decidi reinventar. Eu tenho sonhos riscados nas palmas das mãos e não quero sentar e esperar que eles aconteçam, eu quero ir. Eu tenho desejos nas pontas dos dedos que preparam minhas pernas para as urgências do meu viver. Aliás, quem precisa de destinos quando se tem pés afoitos que podem reinventar o chão? Eu tenho faltas. Sim, eu também tenho faltas, muitas - e é essa incompletude inesgotável que me faz ir em busca dos passos que são meus nessa vida, ora compassada, ora descompassada. Eu caminho caminhos, sozinha, meus pés e eu. Eu tenho pés pequenos, pequenos e afoitos, meus passos são curtos e isso não importa porque eles não me impedem de caminhar. Eu caminho meus caminhos, certos e errados, mas tão absolutamente meus. Eu tenho urgências. Eu tenho um grito que, às vezes, é maior que eu. E eu grito - pra dentro, com os olhos, com as mãos, com o corpo, eu grito. Grito para não morrer nesses instantes em que viver pesa tanto sobre os ombros já feridos. Eu grito numa tentativa desesperada de não enlouquecer. Estou gritando agora, ouves? Eu tenho mortes, morro todos os dias, todos. E significo a morte como quem significa a vida porque todos os dias eu nasço também. Estou o tempo todo grávida de mim, aguardando a hora do parto enquanto brinco no aconchego do útero-meu. Eu tenho uma alma que ama. Uma casa que me espera. Um lar onde sou. Tenho um mundo paralelo, onde poucas pessoas conseguem fazer parte, e lá eu vivo melhor porque sou eu mesma esse tal mundo. É, eu existo dentro de mim. Eu tenho um corpo. Eu tenho um peito e, às vezes, penso que tem um oceano dentro dele, porque ao invés de tum-tá ouço o barulho do mar, mas é só às vezes. Eu tenho vontade de viver, e isso é bom. Eu tenho uma trabalheira pela confusão que é não saber onde vai me levar o meu caminho, mas não ter outra opção. E não resistir. Eu tenho o agora - que é urgente, e já não espero mais.
Queria amanhecer e acordar de um sonho real. E poder sentir no primeiro abraço, o primeiro amor sem dor. E ao sorrir, agradecer pelas cócegas na alma envolvida pelo afeto. E olhar por dentro e não ver vazios. Penetrar sem invadir. Olhar no escuro e enxergar a luz. Viver o dia sem morrer um dia. Que a eternidade não fosse meramente um sonho de quem deseja nunca se despedir de quem ama. Bela é a presença que atravessa o presente. O afeto que afeta sem deixar cicatrizes. Sentir saudade de uma presença entrelaçada ao corpo, que ao partir, o leve consigo. Queria desejar todos os dias. E em cada desejo, lutar pelo que acredito. Queria crer na intensidade da dúvida. Queria saber levar minha alma pra dançar, como tanto fiz durante treze anos dançando ballet. O corpo flui, a alma fica. Fica na pausa do tempo, que congela movimentos densos de uma alma (in)tensa. Sonho em descobrir a beleza que se oculta nos conflitos; sentir a alegria salvífica de uma lágrima sincera; resgatar pessoas e passados, ainda que impossíveis. Sonho com o impossível, com a felicidade impossível; com o sonho de que o impossível é tão somente a realidade a ser perquirida. Desejo muito o que em sonhos, eu já consegui. (...)... Sonhar demais me assusta. Desejar de menos também. Entre um e outro, o (des)equilíbrio. Talvez por isso eu não saiba escrever um texto feliz.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Boa noite!!

Desistir? Eu já pensei seriamente nisso, mas nunca me levei realmente a sério. É que tem mais chão nos meus olhos do que cansaço nas minhas pernas, mais esperança nos meus passos do que tristeza nos meus ombros, mas estrada no meu coração do que medo na minha cabeça. Reflexões calmas, inclusive as mais calmas, ainda são melhores do que as decisões desesperadas." A gente só descobre isso depois de grande(…). Que o tamanho das coisas há que ser medido pela intimidade que temos com as coisas. Há de ser como acontece com o amor”.

Preciso!!!

Preciso sonhar um sonho novo, Preciso saber perder um velho sonho, Preciso gerar um novo sonho E crer nas sempre novas possibilidades Que o que há de vir me oferece. Preciso encontrar o que mereço em outro endereço, E que seja logo, que seja breve. Preciso daquela esperança de um dia após o outro Que a travessia do tempo me concede. Ó futuro, não me deserde!

Todo Amor ....

Todo Amor que Houver Nessa Vida Composição: Frejat/ Cazuza Eu quero a sorte de um amor tranqüilo Com sabor de fruta mordida Nós na batida, no embalo da rede Matando a sede na saliva Ser teu pão, ser tua comida Todo amor que houver nessa vida E algum trocado pra dar garantia E ser artista no nosso convívio Pelo inferno e céu de todo dia Pra poesia que a gente não vive Transformar o tédio em melodia Ser teu pão, ser tua comida Todo amor que houver nessa vida E algum veneno antimonotonia E se eu achar a tua fonte escondida Te alcanço em cheio, o mel e a ferida E o corpo inteiro como um furacão Boca, nuca, mão e a tua mente não Ser teu pão, ser tua comida Todo amor que houver nessa vida E algum remédio que me dê alegria

Felicidade.....

" Existem momentos em que a felicidade é tão evidente que parece demasiado fácil chegar a ela e tocá-la. Sorrisos rasgados, olhares que brilham como pérolas e...momentos inexplicavelmente deliciosos de recordar. O privilégio de ver a felicidade é realmente um privilégio!!! Torna-se tão sedutor a imagem de um sorriso realmente feliz que chega a ser contagiante deixar sair uma gargalhada, deixar que a boca ganhe a forma de um sorriso permanente e ... assim se fique por horas infinitas. Mas o melhor de tudo é que, a felicidade contagiante deixa-nos preenchidos pelos outros que se deixam levar por aquela "felicidade semente" que culmina quando é partilhada e vivida com os outros! Chama-se "o dia mais feliz" da vida de alguém, mas é um dia feliz para todos aqueles com que se partilha "O Dia"

Alma Inquieta

Sou... uma Alma Inquieta... A Família e os Amigos... são o meu maior Tesouro... O meu Património mais valioso: os meus filhos! A maior e melhor Herança que lhes deixo... tê-los ensinado que o SER HUMANO vale pelo que é e não pelo que tem... e o que me enche de orgulho... é que, modéstia à parte, eles aprenderam muito bem! TODOS OS DIAS... AGRADEÇO A DEUS OS FILHOS QUE ME DEU! SÃO UMA BENÇÃO DOS CÉUS!

Do que você se arrepende??

Hoje estava conversando com uma pessoa, daquelas que acham que sempre dá tudo errado e podia ser diferente. Conversa vai, conversa vem, muito mais ouvindo que falando, em determinado momento ela disse "se arrependimento matasse.." Em seguida perguntou: "do que você se arrepende na vida?" Quando eu respondi: "De nada." ela comentou: "Fala sério..." Mas não me arrependo, nem daquilo que deu errado. Tenho dois pilares na vida: nunca perder a minha razão (mesmo quando erro. Uma coisa é errar, outra perder a razão) e nunca fazer alguma coisa que eu possa vir a me arrepender no futuro. Até hoje não me arrependi. Penso que o importante é sempre fazer o melhor que sou capaz. Ainda que o meu melhor não seja suficiente, mas que seja o máximo que sou capaz. Com isso também aprendi a encarar minhas limitações, fraquezas e insucessos. Experimento sempre, sem medo de me arrepender. Tenho medo mesmo é de me arrepender daquilo que não fiz. Por isso faço. Falo mesmo que não escutem; amo mesmo que não seja amada; abraço, ainda que sozinha; mato as saudades, mesmo de quem não me quiser. Quem quiser que se arrependa de não ter aproveitado.....

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Sobre o corpo e a alma....


(...) Eu não vou te pedir nada. Não vou te cobrar aquilo que você não pode me dar. Mas uma coisa, eu exijo. Quando estiver comigo, seja todo você. Corpo e alma. Às vezes, mais alma. Às vezes, mais corpo. Mas, por favor, não me apareça pela metade. Não me venha com falsas promessas. Eu não me iludo com presentes caros. Não, eu não estou à venda. Eu não quero saber onde você mora. Desde que você saiba o caminho da minha casa. Eu não quero saber quanto você ganha. Quero saber se ganha o dia quando está comigo."

"Em alguns momentos, eu a decepcionarei, em outros você me frustrará, mas, se tivermos coragem para reconhecer nossos erros, habilidade para sonharmos juntos e capacidade para chorarmos e recomeçarmos tudo de novo tantas vezes quantas forem necessárias, então nosso amor será imortal.

Sobre a conversão....


'Vem me transformar em mais do que hoje sou: mais forte e mais serena, mais confiante e mais dura - mas também doce quando precisares. Vem fazer de mim algo maior que eu.'

Teus verbos conseguem me causar os melhores sorrisos. Ah! Se soubesses que a tua presença é alegria e carinho bom, ficarias mais.

O teu abraço me aquece, me abriga, afeiçoa esse contorno lacônico que existe entre o meu corpo e o teu. Perfeito. Unilateral.

Mesmo quando a distância teima em dizer ‘não’ pra essa história, pra esse amor dos dois, a gente confessa baixinho um para o outro: - Que bom que eu te tenho aqui! Que felicidade te encontrar pelo caminho! Eu te aceito por seres meu. Quando és meu. Quando estás.

Não quero mais negar a vontade de me unir ao teu mundo. Quero sim, é desfazer tuas dúvidas. Minhas também. Antes preciso mais do que essa dose morna que me ofereces cada fim de noite em que te encontro.

Bendita seja a palavra e não a falta dela.

Tudo paira no ar, menos o que tende ser. Menos o que eu preciso ouvir e sentir de ti antes de partir. E não mais voltar.

Então me diz: O que precisa para continuar? Como é que se faz pra zerar o cronômetro e acertar da segunda vez? Diz-me: como faço pra resgatar aquele momento primeiro do nosso encontro? Quero teu olhar de ‘último romântico’ e as tuas mãos tão precisas na minha cintura.

Ah, e ainda tem as tuas saudades que agora se fizeram minhas quando dizias que me adorava ao pé do ouvido. E me vinha uma inteireza de viver tudo contigo. De ir cada vez mais longe. De ir, mesmo sem saber aonde daria o segundo passo. Tateio no escuro. Literalmente. Sem garantia alguma.

Sozinha eu anseio, fantasio e carrego na bolsa desejos e sonhos bobos que tenho contigo. E rio. E choro também.

Mesmo quando o sinal de alerta avisa, a memória se encarrega de me convencer que ainda existem vontades e uma doçura enorme por ti. E isso soa como resposta, sem pergunta alguma ter sido feita. E eu fico. E mais uma vez eu finjo que esqueço tudo o que aconteceu antes. Tudo o que pensei antes disso tudo se repetir mais uma vez. E mais uma.

Talvez porque eu acredito que a gente ainda possa ser.
Eu acredito nesse sentimento.
Eu acredito na gente mais do que tudo.P.S Pra vc!! M.C.T.L

Hummmm!!!


... O melhor amor é aquele que acorda a alma
e nos faz querer mais,
que coloca fogo em nossos corações
e traz paz as nossas vidas,
foi isso que você fez comigo
e era isso que eu
queria ter feito
com você pra sempre...'

Eu posso não saber nada de amor. Eu posso não saber como trazer seu amado em três dias. Eu até posso não ter conhecimento de algum assunto que você queira discutir comigo.

Eu posso não saber nada de santos, de preces, de milagres. Eu posso não ser santa (e quem disse que um dia eu quis ser?)

Mas se tem uma coisa que eu sei, é quem me faz bem. Eu sei quem me acrescenta, quem me torna uma pessoa melhor a cada sorriso, a cada carinho partilhado, a cada palavra. Esses, ah! Eu sinto de longe.

Deve ser porque a nossa essência se comunica. Sem que palavra alguma precise ser dita.

'Eu quero essa graça de criança diante da vida.'


Tem um poema da Florbela Espanca que diz assim: "As coisas vêm a seu tempo/ quando vêm, essa é a verdade".
Um dia a coisa sai. E eu acredito no mecanismo do infinito, fazendo com que tudo aconteça na hora exata...

"Felicidade independe de inúmeras circunstâncias para inaugurar recomeços. E eu sou uma mulher de muitos inícios. Então, se nublo, floresço – porque é o que eu faço de mais bonito....

'Tenho aprendido coisas que ainda estão vagas dentro de mim, mal comecei a elaborá-las. São coisas mais adultas, acho. Tem sido bom. Amigos cintilam em volta, estendem a mão na hora certa. Você vai se enriquecendo em fé.'

LEMBRETES PARA HOJE E TODOS OS DIAS:




* Esquecer o que pôs trava na alegria.

* Deixar escorrer pelo ralo, com a água do banho, toda mágoa insistente.

* Tirar o peso das recordações ruins de cima do coração.

* Espalhar-se na vida como pássaro de asas invisíveis.

* Sobrevoar os sonhos e pousar no azul da manhã ensolarada.



Gosto de viver esquecida das tristezas e sem preguiça de ser feliz...

Súbita Vontade....


. depois de dias ausente, cá estou... com a súbita vontade de escrever.

Que estrannhas sensações um encontro pode nos trazer. Sensações, reflexões e percepções antes inimagináveis. Quando duas vidas se encontram (ou reencontram) é assim. A troca que se dá é única. Palavras, toques e até o que não foi dito conta. E, por alguns instantes, não há nenhuma explicação, nenhum entendimento.. as coisas são ou foram.. e hão de ser! pq entender?

Eu costumava dizer que o mundo dá voltas. É verdade... ele não pára. Aprendemos desde cedo. Mas hoje acredito numa força muito mais enigmática, que tudo transforma e que transcende toda sabedoria humana. Amadurecer tem dessas coisas. Não podemos entender tudo. Mas estamos sempre vivendo... o barco segue nesse imenso mar chamado vida!

Hummmm!!!


Se temos de esperar,
que seja para colher a semente boa
que lançamos hoje no solo da vida.
Se for para semear,
então que seja para produzir
milhões de sorrisos,
de solidariedade e amizade.

Minha Melhor Parte.....


“(...) E aprendi que se depende sempre de tanta, muita, diferente gente. Toda pessoa sempre é as marcas das lições diárias de outras tantas pessoas. E é tão bonito quando a gente entende que a gente é tanta gente onde quer que a gente vá. É tão bonito quando a gente sente que nunca está sozinho por mais que pense que está. (...)”

SAUDADE.....


Existem lembranças que são fontes perenes de amor. Recordá-las é como caminhar descalço na areia da praia num começo de manhã de céu azul, a brisa do mar misturada aos raios do sol, aquele ventinho morno que se derrama na pele com gentileza rara. Recordá-las é um cafuné gostoso que a vida reinventa.
Quando estamos tristes, cansados, aborrecidos, também podemos ir até lá, onde essas lembranças moram. Podemos escolher uma delas para nos banharmos com o sentimento bom de que é feita. Ver de novo. Sentir de novo. Alimentar o coração. É um jeito afetivo de renovar a energia no momento presente.