quarta-feira, 4 de maio de 2011


a gente vai achar graça. Vai falar do assunto com naturalidade. Como se a dor nunca tivesse existido. Não agora, um dia qualquer, quando a gente menos esperar. Vou ensinar uma coisa que vocês ainda não sabem (por que será que a gente quer ensinar até a dor para os filhos? Será que é para poupá-los ou para nos poupar?). Dor é assim mesmo. Quando vem, sufoca, deixa a gente sem ar. Depois que passa, não se identifica mais como era. Nem se lembra mais do quanto era intensa. Depois da dor e do vazio que a sucede, fica a paz. E a paz nos ajuda a seguir. E, em paz, voltamos a sorrir. E, sorrindo, exercemos a nossa vocação de sermos felizes. Comigo, sempre foi assim. Conheço a “anatomia” da dor. E posso garantir, meus filhos, que ela passa. Enquanto isso não acontece, a gente vai se aconchegando, a gente vai se apoiando, aprendendo a se amar cada dia mais…

Quando tudo está perdido, filhos, eu olho para vocês e me encontro. Quando não resta muita esperança, eu olho para vocês e espero. Quando o choro parece inevitável, eu olho para vocês e sorrio.

Suspirei! Incrivelmente verdadeiro.
O Amor de verdade a gente realmente só conhece quando torna-se mãe.

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