Tenho uma amiga que diante das circunstâncias mais difíceis costuma
afirmar: “E isto também passará!” Pura verdade. Tudo passa. Nada
permanece inalterado. Nada permanece o tempo todo, do mesmo modo, no
mesmo lugar. Inclusive aquilo que gostaríamos que não passasse nunca.
Aprendi, embora tantas vezes esqueça e as circunstâncias me convidem a
relembrar, que a ordem natural das coisas é a fluência, o movimento. O
fechamento de um ciclo e a inauguração de outro.
Há fases em que somos tocados com tanta rispidez pelas experiências do
nosso caminho, que, muitas vezes, sem sequer percebermos, trocamos de
mal com o riso, com a felicidade, com o compromisso maior, aquele que
temos com o nosso coração. De alguma maneira, geralmente sutil, rompemos
com tudo. Com todos. Principalmente, com nós mesmos. Sentimo-nos muito
tristes e tentamos paralisar o movimento da vida a partir do núcleo do
nosso medo.
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